Zé Manoel - Do Meu Coração Nu [2020]

Capa do álbum

Um trabalho comovente, envolvente, melancólico e belo. Álbum que "dá vontade de chorar", como nos versos da primeira canção, a bela "História Antiga"; assim como "dar um rolê" na outra faixa do álbum. A verdade é que trazendo as histórias e vivências relacionadas ao cotidiano do povo brasileiro e, principalmente, do negro em nosso país; somos arremessados ​​em um universo único e vibrante. Esse álbum breve arrematou meu coração com sensações que só a arte é capaz de fazer. Zé Manoel é hoje uma das maiores joias da música popular brasileira. Que venham outros cantos!

Precisamos de mais músicos do que de soldados!

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James Taylor by Kbsa

Pintura:  Van Gogh

Magistral músico e compositor americano, James Taylor é fantástico. Essa coletânea pessoal passa por 22 sucessos dele entre os anos de 1970 a 1983, com clássicos e músicas inesquecíveis. Meu contato inicial com James foi a partir do Rock in Rio I em 1985, onde ele fez um show histórico para mais de 300 mil pessoas. Precisamos de mais músicos do que de soldados!

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Capa de Álbuns Famosos por Idosos

Projeto fotográfico de Robert Speker se tornou viral no mundo inteiro, ao reencenar capas de álbuns famosos através da participação de idosas de Londres na Inglaterra. Aqui vão versões de Adele, Elvis Presley, The Clash, Madonna, Michael Jackson, David Bowie e Jonnhy Cash. Sensacional!

B.B. King by Kbsa

 
Foto : Matt Black

O que falar do rei do Blues? Aumenta o som e curte essas 23 pérolas do mestre BB King entre os anos de 1965 a 1979 e entenda porque ele é rei !!!

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John Fogerty - Centerfield [1985]

Arte do álbum Centerfield

Dá tranquilamente para cravar que este é o melhor trabalho solo de John Fogerty, líder e guitarrista do Creedence Clearwater Revival, mitológica banda de rock dos anos 60. São 9 músicas sensacionais, com dois superhits à época ("The Old Man Down the Road" e "Centerfield"). Na minha playlist dos 20 álbuns do anos 80, coloco esse com certeza.

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Renato Braz - Canto Guerreiro/Levantados do Chão [2018]

 

O lançamento de "Canto Guerreiro/Lavantados do Chão" é um marco na carreira do espetacular cantor Renato Braz, um dos maiores do Brasil atualmente. Não há nem discussão de bar nesse assunto. O trabalho elevou ainda mais aquilo que já era brilhante. Ainda sim, o álbum conta com a participação de vários músicos e amigos do artista, entre eles só Chico Buarque, Milton Nascimento e Gilberto Gil. Fantástico!!!!

Esta pérola é certamente uma das melhores construções artísticas dos últimos 05 anos em nossas terras tupiniquins.

Munição sonora já!

Precisamos de mais músicos do que de soldados!

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Poemas aos Homens do Nosso Tempo

 

     Foto: Ueslei Marcelino

Enquanto faço o verso, tu decerto vives.

Trabalhas tua riqueza, e eu trabalho o sangue.

Dirás que sangue é o não teres teu ouro

E o poeta te diz: compra o teu tempo.

Contempla o teu viver que corre, escuta

O teu ouro de dentro. É outro o amarelo que te falo.

Enquanto faço o verso, tu que não me lês

Sorris, se do meu verso ardente alguém te fala.

O ser poeta te sabe a ornamento, desconversas:

“Meu precioso tempo não pode ser perdido com os poetas”.

Irmão do meu momento: quando eu morrer

Uma coisa infinita também morre. É difícil dizê-lo:

MORRE O AMOR DE UM POETA.

E isso é tanto, que o teu ouro não compra,

E tão raro, que o mínimo pedaço, de tão vasto

Não cabe no meu canto.. (Hilda Hilst)

Gary Moore [XXI]

 
Fotografia do álbum: Jesco Denzel

Gary Moore foi um exímio guitarrista, muito influente nos anos 70, 80 e 90; com uma passagem rápida e sensacional pela Banda Thin Lizzy entre 1978 a 1980. Faleceu em 2011, deixando uma extensa biografia como cantor e instrumentista. 

Na coletânea pessoal [XXI], tem-se 20 "preciosidades modernas" lançadas nos anos 2000; mostrando o talento e vitalidade de um dos maiores guitarristas de todos os tempos.

Precisamos de mais músicos do que de soldados! 
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Manic Street Preachers - Send Away The Tigers [2007]

 

Capa do álbum

Sonzeira total na postagem de hoje com o excelente Send Away The Tigers do Manic Street Preachers. Rock direto e no centro do alvo! Para escutar na tampa!

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 São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007 

Música - Crítica/rock

Manics retornam ao melhor momento em novo álbum

"Send Away the Tigers" é lançado no Brasil só para download na próxima terça

DA REPORTAGEM LOCAL

Ambição e falta de vergonha na cara só fazem bem para uma banda de rock. É o caso do grupo galês Manic Street Preachers. O trio não tem o menor receio de compor música sobre a Guerra Civil Espanhola; ou de fazer show em Cuba; ou de desenhar camisetas com frases do filósofo Kierkegaard; ou de estimular os fãs a ler Sylvia Plath e a comprar discos do Guns N" Roses.
Após dois discos decepcionantes e com seus integrantes dedicados a projetos-solo, eles retornam com um álbum que relembra alguns de seus melhores momentos dos anos 90.
"Send Away the Tigers", o oitavo disco de estúdio dos Manics, acaba de sair na Europa. No Brasil, será lançado apenas para download, a partir da próxima terça-feira.
O álbum traz o grupo com uma vitalidade que estava ausente em "Know Your Enemy" (2001) e, principalmente, em "Lifeblood" (2004). Entre este último e "Send Away...", dois integrantes do trio, o vocalista e guitarrista James Dean Bradfield e o estiloso baixista Nicky Wire, lançaram discos-solo.
Os Manics, como são chamados por seus ardorosos fãs, foram das maiores bandas britânicas dos anos 90. Os primeiros discos, como "Generation Terrorists", "Gold Against the Soul", "The Holy Bible", faziam uma mistura de rock clássico e punk que os colocava à parte do britpop de Blur e Oasis. As letras envernizadas com mensagens socialistas e referências literárias, o visual exagerado (olhos pintados; saias; jaquetas militares), canções com melodias grandiosas -a idiossincrasia dos Manics possuía apelo com punks, góticos e até mauricinhos.
Uma aura mítica formou-se em torno da banda em 1995, quando ainda era um quarteto. Em fevereiro, o guitarrista e letrista Richey James Edwards desapareceu em Londres. Seu carro foi deixado em um ponto da cidade conhecido por ser uma área de suicídios.
A sombra de Edwards retorna em "Send Away...". O primeiro single, "Your Love Is Not Enough", foi inspirado nele, segundo Wire. A letra é de uma canastrice que cai bem apenas em uma canção dos Manics... A faixa-título, "Underdogs" e "Indian Summer" também valem. (THIAGO NEY)

A Condenação

 
Foto: Sebastião Salgado

Somos condenados a ser livres, somos obrigados a escolher sempre. Mesmo quando escolhemos fazer nada, estamos escolhendo algo, pois até a passividade é uma forma de ação. Existir é escolher-se. Existir é fazer opções sobre o que seremos no momento seguinte, é nos inventar e reinventar a cada situação que se apresenta. Existir é escolher qual resposta daremos a cada evento que surge e, assim, vamos criando a pessoa que somos. Porém, quando “obrigados” a fazer opções, isso não se dá sem angústia, pois cada uma delas envolve riscos, renúncias e incertezas. Aceitar que nenhuma escolha se dá sem angústia e compreender que não há saídas à escolha, nos faz responsáveis por guiar nossos próprios passos e livres para sermos como quisermos. (Jean Paul Sartre)

Zé Renato & Renato Braz - Papo de Passarim [2010]

 

Arte do álbum "Papo de Passarim"

Reunião magistral de 2 grandes artistas brasileiros que rendeu esse trabalho ao vivo sensacional. São 14 faixas que passam por um repertório de respeito da música brasileira. Álbum muito ouvido aqui em casa, principalmente aos sábados e domingos. Recomendadíssimo!!!!! 

Precisamos de mais músicos do que de soldados!! Munição sonora já!!!!!

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Status Quo by Kbsa

 

Arte do álbum: João Câmara

O Status Quo conseguiu no universo das grandes bandas dos anos 70, deixar sua marca própria e única na história do rock'n roll (a imortal cena das cabeças para baixo e os famosos três acordes que receberam o nome de boogie). Essa coletânea prova isso, com 18 sonzeiras espetaculares entre 1970 a 1977, considerado o período grandioso da banda.

Precisamos de mais músicos do que de soldados!

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A Liberdade e a Libertação

Foto: Joanna Malukiewicz - Canaã - MG

A liberdade é da vida

A libertação é da morte

Ambas, concisas

Lances de elevação

Porém, não são precisas

Em tempo, lugar e ocasião.

A liberdade é conquista de luta

A libertação é aquietação

A liberdade é objetivo de vida

A libertação, não.

(Leo Canaã)

Kings Of Leon - When You See Yourself [2021]

Capa do Álbum  Kings Of Leon " When You See Yourself" 

"When You See Yourself", disco que chegou hoje (05 de Março de 2021) às plataformas digitais, é o álbum mais pacífico da trajetória do Kings Of Leon¹. Sem treta, sem nada de absurdo.

A previsão era de lançamento para março de 2020, mas a pandemia de covid-19 atingiu o mundo naquele início do ano passado, os shows pararam e a gravadora decidiu ser importante frear o lançamento do álbum.

Manter o álbum guardado fez bem ao trabalho. "When You See Yourself" é o trabalho mais épico do Kings of Leon, de canções alongadas, sem pressa sonora ou urgência. Vai-se embora a fórmula radiofônica e chegam canções bonitas e contemplativas.

De alguma maneira, as 11 canções terminaram por se relacionar com o período sombrio no qual o mundo passa desde o surgimento da covid-19.

(Texto extraído da coluna de Pedro Antunes – UOL. 05/03/2021). 

¹ A banda lançou seu primeiro trabalho em 2003.

Precisamos de mais músicos do que de soldados!

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Mônica Salmaso & Paulo Belinatti - Afro-Sambas [1996]

Capa do álbum

 

Quando Baden Powell e Vinícius de Moraes (1913-1980) compuseram os afro-sambas, em 1962, o Brasil vivia a novidade da bossa nova. Nascia assim, de uma regressão ao passado cultural da Bahia, o musical que agora ganha nova roupagem na voz da cantora Monica Salmaso e nos arranjos para o violão de Paulo Bellinati.Lançado pelo selo Atração, o álbum "Afro-Sambas" demorou dois anos para ser concluído. "A idéia surgiu em 92, quando conheci os afro-sambas enquanto gravava um disco com Eduardo Gudin (célebre guitarrista brasileiro)", disse Monica, que já trabalhou com Chico Buarque, Gal Costa e Edu Lobo.Os afro-sambas de Baden e Vinícius compõem um conjunto homogêneo de 11 músicas que fundem sambas-de-roda, sambas-canção e pontos de candomblé. Os temas referem-se à religiosidade baiana. A inspiração temática e musical para a obra veio de uma viagem que Baden fez a Bahia na década de 60.

Originalmente, os afro-sambas reuniam vários tipos de percussão, sopro e violão. Bellinati traduziu os sinais dos instrumentos para o violão e reviu os arranjos da época. "Eles eram datados, tinham tudo a ver com a bossa nova", diz Monica.O resultado é um disco moderno, que traz citações sonoras contemporâneas, do jazz e da world music. "Na verdade é um concerto", afirma Monica, que diz ter o perfil para interpretá-lo. "Estas músicas têm a ver com a minha voz, escura". Segundo ela, os afro-sambas foram concebidos para consumar um dueto entre voz e violão. "O disco é muito livre, foi feito ao vivo, por isso a espontaneidade do encontro entre as cordas e a voz." (Sylvia Colombo - Folha de São Paulo, Setembro de 1996).

Sonzeira que faz parte da minha vida para sempre!

Precisamos de mais músicos do que de soldados!

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Uma Mulher Boa que as Pessoas Morrem de Medo

 

                    

Foto: J. Haglund

A vida não é dádiva

É dúvida, dívida;

Dividida com os ratos

Reinada nas trevas

Quem teria dádiva

Ao viver nessa mísera praça?

Você acha que minha irmã se prostituiu por vontade ou graça?

A vida não é nada

Se você não tem amor, nem arroz.

Quem traz luz são fadas ou pedras?

Ao viver nesse horrendo cercado

Você acha que tenho obrigação de viver feliz?

Quem sente gratidão por estar no inferno desde cedo?

Molhando toda vez que chove

Raspando panela em silêncio para que ninguém ouça

Sendo xingada e distratada pelos carros,

Invisível como um vírus, insuportável como estrume fresco

Vivendo cada dia como se fosse o último

Há dez anos sem um abraço, há cinco anos sem aborto

Uma mulher boa que as pessoas morrem de medo. 

(Leo Canaã)

Bad Company by Kbsa

Arte do álbum: Rafal Olbinski

Bad Company é uma super banda de rock formada em 1974 pelo vocalista Paul Rodgers, após o término de outra célebre banda o "Free". Nessa compilação pessoal estão reunidas 20 sonzeiras entre o período de 1974 a 1979 com rocks e baladas sensacionais que marcaram os anos 70. Rodgers saiu da banda em 1982 e a banda prossegue até hoje com alguns shows e álbuns esporádicos (inclusive com Rodgers). Pode colocar no carro e sair por aí pelas estradas da vida, em boa companhia e curtindo a paisagem. Esse som tem tudo a ver!

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Lucas Santtana - O Céu é Velho Há Muito Tempo [2019]

 

Arte do Álbum

Lucas Santtana faz de seu oitavo trabalho, O Céu É Velho Há Muito Tempo, um disco-manifesto contra o estado de coisas no Brasil de 2019 e com nosso conformismo em relação a isso. Quase todas as canções autorais mandam recados diretos ao neofascismo instalado feito erva daninha nas entranhas do Brasil, e mesmo “Todo Se Transforma”, do uruguaio Jorge Drexler, em espanhol, adquire conotação engajada no cenário de levantes e repressões violentas que se esparrama pela América Latina.

Seja nas canções mais amorosas ou nas mais políticas, O Céu É Velho Há Muito Tempo é bordado de modo simples, em melodias melancólicas levadas ao violão. A tristeza se ergue por cima de uns temas e dos outros, no caso das canções engajadas retirando-lhes um naco da potência. É de compreender: estamos todos tristes, catatônicos. Lucas Santtana vem se alistar no exército dos que não acreditam que o artista é o ladrão das nossas melhores esperanças.  (Pedro Alexandre Sanches)

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Charles Bradley by Kbsa

 

Fotografia do Álbum: Lucas Landau

Charles Bradley foi um cantor americano de funk, soul e R&B nascido em 1948 na Flórida. Suas performances e estilo de gravação consistem com os padrões revival da música funk e soul das décadas de 60 e 70.

Em 1996, Bradley recebeu uma ligação de sua mãe que pediu para que fosse morar novamente com ela no Brooklyn em Nova Iorque-USA. Foi lá que começou a se apresentar em clubes como sósia de James Brown usando o apelido Black Velvet. Já bem depois, durante uma de suas apresentações como Black Velvet, foi descoberto por um produtor musical que definitivamente inseriu-o no cenário musical americano e mundial.

O álbum de estreia se deu em 2011, com o segundo em seguida, em 2012, fechando com o último em 2016. Em setembro desse ano, Bradley foi diagnosticado com câncer de estômago, falecendo em setembro de 2017, aos 68 anos.

Esta coletânea pessoal coloca 13 espetaculares sonzeiras do artista, incluindo músicas lançadas posteriormente à sua morte.

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Solomon Burke - Don't Give Up On Me [2002]

Capa do álbum

CASSIANO ELEK MACHADO

Depois de anos e anos longe das grandes gravações, inauguradas em uma esplêndida fase no selo Atlantic, nos anos 60, o astro norte-americano Solomon Burke voltou a portar seu cetro, manto e coroa em 2002.

Com "Don't Give Up on Me", esse nome fundador do soul arrebatou o elogio rasgado das principais publicações de música pop da língua inglesa, da "Rolling Stone" americana à britânica "Mojo", que, na edição deste mês, elege o álbum como o melhor de 2002.

"Don't Give Up on Me" é composto em sua maioria por inéditas de Bob Dylan (a fantástica "Stepchild"), Tom Waits, Brian Wilson, Van Morrison etc., talhadas para o vozeirão de Burke.

Que tal a experiência de trabalhar com essa geração mais nova? "I-na-cre-di-tá-vel", responde o cantor. "Estou até hoje tentando acreditar que essas pessoas todas se mobilizaram para me ajudar."

Quatro décadas depois, com mais de 140 quilos, Burke não perdeu em movimento nem em sentimento, aponta o disco "Don't Give Up on Me".

"Mantenho a forma com fé em Deus, nada de bebidas e cigarros, um monte de comida boa, 21 filhos, 68 netos e nove bisnetos. Todo o tempo tenho de estar com a voz grossa para dizer: "Ei, você, volte aqui", "Ei, você, coma todo o seu prato", "Ei, você, faça sua lição de casa". Oh, my God, é infalível.". Sonzeira!!!!

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Joe Bonamassa- Different Shades Of Blue [2014]

 

O blues está sempre na boca e na bagagem dos grandes astros do pop e do mainstream. A lista de artistas que trilharam percursos de sucesso com base em suas encruzilhadas é farta. Inclui gente como Joe Bonamassa, que forja uma sonoridade ampla e, ao mesmo tempo, única por meio dos principais clichês do gênero. Ou seja, apesar de usar tudo aquilo que todo mundo já utilizou, demonstra personalidade própria, além de versatilidade suficiente para trafegar pelas praias mais diferentes do som negro. Assim é Different Shades of Blue, trabalho que reflete a ascensão técnica e a maturidade do cara.

O CD nem bem acabou de ser lançado e, sem exagero, já pode ser considerado a obra-prima de Bonamassa, sujeito que arrancou elogios até do mestre B.B King, o que, convenhamos, é bem fácil de entender. (Carlos Mesquita, 2014)

Sonzeira!!!!!! Munição Sonora Já!

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Ao Povo do Amazonas

        

Fica decretado que, a partir desse instante,

haverá girassóis em todas as janelas,

que os girassóis terão direito

a abrir-se dentro da sombra;

e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,

abertas para o verde onde cresce a esperança.

Thiago de Mello - Imortal Poeta Brasileiro e Amazonense. 

Autor da foto: desconhecido.

Uma Poesia à Desigualdade

Foto: D. Berehulak

"CENÁRIOS SOCIAIS " Rozilda Eusébio Costa

Diante do vão da desigualdade e da indiferença social,

Existem comunidades inteiras de egos elevados,

Representando modéstias falsas e orgulhos exacerbados.

Num cenário absurdo, frio de sentimento e brutal.

Existem dois mundos desiguais que se cruzam sem comunhão,

Neles, multidões nunca se acenam e quase nunca se tocam,

Estão todos dentro de um panorama de vida real,

Vivendo uma existência sem amor e sem emoção.

Diante de uma grande aglomeração de vidas humanas,

Existem numerosos contrastes bastante explícitos,

De um lado – a abundância, o desperdício, e a esperteza desonesta,

E do outro – a doença, a fome, a nudez e vidas insanas.

Nas personagens reais que atuam nas entrelinhas da vida,

Existe uma fome que grita eloquente nos pobres desvalidos,

Mas ninguém ouve esse grito! Estão todos surdos!

Estão todos mergulhados em seus propósitos, em sua própria lida.

Existem aqueles que não sabem mais o que é o viver,

Eles vegetam no campo árido de seu próprio existir,

Sem nenhuma consciência real, sem nada mais desejar para si,

Da vida que levam, e do ar que respiram, vivem sem nada compreender.

Existe ainda uma grande multidão que quer fazer o bem,

Plena de conhecimento – sabe que, um abraço aquece e conforta,

Mas sua resistência ainda é muito maior do que o seu amor,

E o medo de ser afetada pelos sofrimentos do outro, a detém.

Existem tantas sociedades no consumismo inconsciente,

Quanto existe em seu meio aqueles que nada possuem.

Estão todos juntos, em um mesmo barco, em um mesmo caminho,

Vivendo de uma mesma vida de altos e baixos – inconsistente.

Diante do espelho exposto na face do irmão,

Ninguém consegue ver a si mesmo, nem se reconhecer como família,

E todos vivem numa crença preenchida por delírios,

Numa existência cega, sem sentimentos, sem o calor do coração.