Lucas Santtana faz de seu oitavo trabalho, O Céu É Velho Há Muito Tempo, um disco-manifesto contra o estado de coisas no Brasil de 2019 e com nosso conformismo em relação a isso. Quase todas as canções autorais mandam recados diretos ao neofascismo instalado feito erva daninha nas entranhas do Brasil, e mesmo “Todo Se Transforma”, do uruguaio Jorge Drexler, em espanhol, adquire conotação engajada no cenário de levantes e repressões violentas que se esparrama pela América Latina.
Seja nas canções mais amorosas ou nas mais políticas, O Céu É Velho Há Muito Tempo é bordado de modo simples, em melodias melancólicas levadas ao violão. A tristeza se ergue por cima de uns temas e dos outros, no caso das canções engajadas retirando-lhes um naco da potência. É de compreender: estamos todos tristes, catatônicos. Lucas Santtana vem se alistar no exército dos que não acreditam que o artista é o ladrão das nossas melhores esperanças. (Pedro Alexandre Sanches)
Precisamos de mais músicos do que de soldados!
Munição Sonora Já!!!!!
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