Imagem: Bogdan Pigulyak
As
mentiras do porto
As ondas
quebradas
Que não
chegam à praia
Barradas pela
construção de um entorno
Navios mercantes
As últimas
flores achadas
Que não
deveram chegar às casas
Arrasadas
pelo sol dos porões
Caminhos de ópio
Mar revolto
Enseadas cercadas
de solidão
As
quenturas de um louco
As noites
frias e solitárias
Que não
serão em repouso
Se as
estrelas morreram ou foram exiladas
Se o
universo pudesse desaparecer por um ralo
As tramas
extintas
Os porões de pedras antigas e o whisky terminado
Grito na
janela para um mendigo que passa
Sua camisa
com o meu rosto estava
A máquina
de café não para e o oceano infindo rasga
As rochas
da costa, a ilha farta
Consumo o coração da cidade e volto sobre um barco com baleias mortas
(Leo Canaã)
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